Deni Zolin: inflação do aluguel acumula alta de 10,70% em 12 meses

Deni Zolin

Deni Zolin: inflação do aluguel acumula alta de 10,70% em 12 meses
Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Depois de ter chegado a uma alta de 35,75% no acumulado de 12 meses, em junho de 2021, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) vem recuando e fechou agora em 10,70%. Esse é o índice acumulado de 12 meses usado no reajuste de muitos contratos de aluguel. Agora em junho, o IGP-M ficou em 0,59%, enquanto a alta acumulada desde janeiro deste ano é de 8,16%.

“Nesta edição, os principais destaques do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA, usado no cálculo do IGP-M) foram: Óleo Diesel (de 3,29% de alta em maio para 6,96% em junho), leite in natura (de 7,47% para 4,40%) e automóveis (de 0,57% para 2,31%) e mesmo com tais pressões, a taxa em 12 meses do índice ao produtor seguiu em desaceleração, alcançando o seu menor patamar desde julho de 2020, quando acumulava alta de 9,27% – afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Apesar de estar em um patamar bem mais baixo do que há um ano, o índice de reajuste dos aluguéis segue acima de 10%, o que acaba pressionando ainda mais os custos de famílias e empresas que não têm imóvel próprio. Além de se somar a outros custos, que já tiveram reajustes expressivos, como energia elétrica (8,41% da RGE), água (12,65%, a partir de 1º de julho), combustíveis e alimentos, esse reajuste dos aluguéis acaba reduzindo a margem de lucro das empresas e o orçamento das famílias – ou seja, sobra menos dinheiro para consumir bens e serviços.

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No país, a maior alta foi das passagens aéreas, que subiram 13,4% em junho, após alta de 18% em maio. A energia até teve certo alívio com o fim da cobrança extra da bandeira tarifária, enquanto os combustíveis começam a baixar agora em função do corte da PIS Cofins e Cide – o que deve impactar positivamente a inflação no mês que vem. O etanol baixou 6,25% no país em junho, ajudando a frear a alta no preço da gasolina. Nos alimentos, os legumes e hortaliças tiveram queda de 8,39% em junho no país, por causa do fim da estiagem.

Construção

Chama também a atenção que o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,81% em junho, ante 1,49% em maio. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: materiais e equipamentos (1,67% para 1,58%), serviços (0,92% para 0,50%) e mão de obra (1,43% para 4,37%). No acumulado de 12 meses, o INCC está com alta de 11,75%. Os materiais de construção tiveram inflação de 13,53% em 12 meses, enquanto a mão de obra, de 9,92%.

Deni Zolin, [email protected]

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